terça-feira, 23 de fevereiro de 2010






Nosso culto dia 21 de fevereiro de 2010 foi maravilhoso! Muito Obrigado a todos que vieram.

Ruben Daniel & Edna
Jeff & Monica Fife

























segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A vida cristã saudável
Escrito por Pr. Jefferson “JEFF” Davis Fife
24-Set-2009
BATISMO NAS ÁGUAS

O batismo nas águas é um passo muito importante nos primeiros princípios da doutrina de Cristo. Não é apenas uma forma ou uma cerimônia sem sentido, mas uma experiência definida na vida de um crente neotestamentário, como nos relatam, não só os Evangelhos, mas também os Atos dos Apóstolos e as Epístolas. Hebreus 6.1-2; Atos 2.38-41

1. QUAL É O SENTIDO DA PALAVRA “BATIZAR”?

Batismo ou batizar quer dizer “mergulhar, submergir, emergir”. Marcos 1.5; João 1.33; Atos 8.36-39. Por definição e uso, a palavra quer dizer “colocar em água ou debaixo dela de modo a inteiramente imergir ou submergir”.

2. PARA QUE TER A ORDENAÇÃO DE BATISMO NAS ÁGUAS?

a.Jesus o ordenou. Marcos 16.16; Mateus 28.16-20
b.Jesus foi batizado. Mateus 3.13-17
c.Os apóstolos o ordenaram. Atos 2.37-47; Atos 10.44-48
d.Se O amarmos, guardaremos Seus mandamentos. João 14.15
e.Validamos a nossa fé pela obediência. Tiago 2.17-18
NOTA: Duas cerimônias que são essenciais: Batismo nas Águas e a Santa Ceia. Em virtude de seu caráter sagrado são elas descritas como “sacramento” coisa sagrada. Recebem também o nome de ordenanças. Porque foram cerimônias ordenadas pelo Senhor Jesus Cristo.

3. PARA QUEM É ESTA ORDENAÇÃO?

Em cada Escritura registrada abaixo veremos que as pessoas ouviram, creram, receberam a Palavra, e então foram batizadas. O arrependimento e a fé sempre precediam o batismo nas águas. Portanto é um “batismo de crentes”.
a.“Quem crer e for batizado…” Marcos 16.16
b.Os samaritanos creram e foram batizados. Atos 8.12-15
c.O eunuco creu e foi batizado. Atos 8.35-38
d.Pedro ordenou que os gentios fossem batizados. Atos 10.47-48
e.Os discípulos de Éfeso creram e foram batizados. Atos 19.4-5
Leia também Atos 9.17-18; 16.30-34; 18.8

O batismo nas águas é uma parte essencial da obediência; não é opcional. Recusar o batismo nas águas é viver em desobediência à Palavra revelada de Deus.

NOTA: O batismo nas águas envolve uma confissão de fé no senhorio de Cristo. Atos 8.36-39; Romanos 10.9-10. Os pré-requisitos do batismo são: arrependimento, fé e confissão (isto claramente exclui o batismo infantil).

4. QUAL É O SENTIDO DESTA ORDENAÇÃO?

O batismo nas águas é uma experiência espiritual simbólica, contudo também real. Somos batizados em:
a.Sua morte – Romanos 6.3,4,5,11
b.Seu sepultamento – Colossenses 2.12
c.Sua ressurreição – Colossenses 3.1; Romanos 6.4,5

O batismo é identificação com Cristo. Na salvação aceitamos a morte, o sepultamento, e a ressurreição de Cristo.
No batismo das águas identificamo-nos com este fato triúno:
a.Pelo batismo nós nos apresentamos como “mortos”
b.Pela imersão sepultamos o “morto”.
c.Saído das águas, ressuscitamos para andar em novidade de vida.

NOTA: O batismo nas águas é como se fosse a cédula de identificação, o RG (registro geral) espiritual do Cristão . Diz quem somos em Cristo Jesus.

PERGUNTAS:
1. O que a palavra “batizar” significa? _________________________________________.
2. Batismo é sua identificação com Cristo em Sua ________ em Seu _______ e na Sua ________.

BATISMO NAS ÁGUAS
O NOME DA TRINDADE

1. EM QUE NOME É BATIZADO O CRISTÃO?

No nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, no nome da eterna Trindade. Mateus 28.19

a.QUAL É O NOME DO PAI?
I. “Este (Eu Sou, ou o Senhor) é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração a geração”. Êxodo 3.15
II.“O Senhor é seu nome”. Êxodo 15.3
III.“Eu sou o Senhor, este é o meu nome”. Isaías 42.8
IV.“O Senhor é o seu nome”. Jeremias 33.2
V.“Saberão que o meu nome é o Senhor”. Jeremias 16.21; Amós 5.8; Salmo 83.18; Isaías 12.2; Tiago 1.17

NOTA: O nome Senhor é usado mais de 6.800 vezes no Antigo Testamento. Deus não declarou uma vez sequer que Seu nome era “Pai”. Pai e Filho são títulos, não são nomes.

b. QUAL É O NOME DO FILHO? (Provérbios 30.4)
I. “…chamará pelo nome de Jesus”. Lucas 1.31
II.“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus”. Mateus 1.21

NOTA: O nome Jesus é usado aproximadamente 1.000 vezes no Novo Testamento.

c. QUAL É O NOME DO ESPÍRITO SANTO?
O nome do Espírito Santo é interpretado no sentido do nome “Cristo”.
I.Deus ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo. Atos 10.38
II.Jesus tornou-Se o Cristo por ocasião desta unção. Mateus 3.16
III.Por trinta anos Ele era conhecido como Jesus de Nazaré. Quando foi ungido, ficou conhecido como Jesus Cristo (Grego “Christos”, o Ungido). João 1.41
IV.Foi a unção (Grego “chrisma”, óleo) que fez de Jesus o Cristo (o Ungido). 1 João 2.20,27

NOTA: Assim o nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é interpretado no nome do Senhor Jesus Cristo – o nome triúno para o Deus triúno.

2. QUAL NOME É LIGADO AO BATISMO EM ATOS E NAS EPÍSTOLAS?

Um estudo das referências ao batismo nos Atos e nas Epístolas mostra que esta ordenação era ligada ao nome do Senhor Jesus Cristo.

a.O LIVRO DE ATOS
I.Atos 2.36-41 (Pedro) Batizados em nome de Jesus Cristo (Almeida); Batizados em nome do Senhor Jesus (Tradução Lasma)
II.Atos 8.12-16; 35-38 (Felipe) Batizados no nome do Senhor Jesus (Almeida)
III.Atos 10.48 (Pedro) Batizados em nome do Senhor (Almeida, rev. e corr.); Batizados em nome de Jesus Cristo (Almeida, atualiz.) (Almeida, vers. Bras.)
IV.Atos 9.5-18; 22.16 (Ananias) Batizado, invocando o nome do Senhor (Rev. e corr.); Batizado, invocando o nome dele (Atualiz. Vers. bras.)
V.Atos 16.31-34 (Paulo) “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo…e foi batizado…na sua crença em Deus” (ver. e corr.)
VI.Atos 18.8 (Paulo) 1 Coríntios 1.10-17 “Creu no Senhor e foram batizados” (Atualiz.); “Fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (Atualiz.)
VII.Atos 19.1-6 (Paulo) Batizados em nome do Senhor Jesus (Atualiz.)

b.EPÍSTOLAS
I.Romanos 6.3-4 (Paulo) “Todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte…sepultados com ele na morte pelo batismo” (Atualiz.)
II.1 Coríntios 1.10-17 (Paulo) “Fostes porventura, batizados em nome de Paulo? Que ninguém diga que fostes batizados em meu nome” (Atualiz.); Todos foram batizados em Moisés (Ver. e corr.)
III.Gálatas 3.27 (Paulo) “Todos quanto fostes batizados em Cristo” (Atualiz.)
IV.Colossenses 2.12 (Paulo) “Sepultados juntamente com ele no batismo” (Atualiz)
“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus…” Colossenses 3.17

3. O QUE É A CIRCUNCISÃO DO NOVO TESTAMENTO?

a.É o batismo nas águas. Colossenses 2.11
b.É o cumprimento da circuncisão do Velho Testamento. Gêneses 17.1-14
c.É o selo da aliança do Novo Testamento. Gálatas 3.26-27
d.É um sinal e selo de uma relação baseada num pacto, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Josué 5.1-9

4. COMO DEVE VIVER O CRISTÃO DEPOIS DO BATISMO?

a.Dedicação ao ensino da Palavra, comunhão, Santa Ceia, orações e louvando a Deus. Atos 2.42-47
b.Em unidade. 1 Coríntios 12.12-31
c.Viver no Espírito. Gálatas 5.16-26

PERGUNTAS:
1. O mandamento em Mt 28.19 é de batizar em nome do ______________________.
2. O mandamento no livro dos Atos e nas epístolas é cumprido pelo batismo em nome do _________________
_________________________________________________________________________________________.

BATISMO NO NOVO TESTAMENTO

O batismo Cristão é a imersão no nome de Jesus Cristo (MODO) do crente arrependido (SUJEITO) para a remissão dos pecados e receber o dom do Espírito Santo (PROPÓSITO).

1. MODO: Imersão no nome de Jesus Cristo

a.Argumentos para imersão sobre outras formas:
(1) o argumento da língua: Grego: baptizo (mergulhar, afundar ou manter abaixo)
(2) o argumento histórico: testemunhos de estudiosos de toda a era da igreja do Novo Testamento concordam que o batismo era por imersão.
(3) o argumento do precedente:
--Atos 8.38-39 (“desceram à água…saíram da água”)
--Marcos 1.10; Mateus 3.16 (“saiu da água”)
(4) o argumento da analogia:
--Romanos 6.3-5 (“morte, sepultados, ressuscitado”, “morte, ressurreição”)
--Colossenses 2.12 (“sepultados, ressuscitado”)
--Gálatas 3.27 (“em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram”)
b.Fórmula:
(1) “No nome do Senhor Jesus Cristo” (Atos 2.38; 8.16; 10.48; 19.5; 22.16; 1 Coríntios 1.13)
(2) “No nome do Pai, Filho e Espírito Santo” (Mateus 28.19)

2. SUJEITO: O Crente arrependido (infantil excluído)

a.O padrão das conversões em Atos: fé, arrependimento, batismo
(1) Os 3000 (Atos 2.37-38,41): “aflitos em seus corações”, “arrependerão”, “aceitaram a mensagem”
(2) Samaritanos (Atos 8.12-14): “creram”, “creram”, “aceitaram a Palavra”
(3) Etíope (Atos 8.35-38): “anunciou-lhe as boas novas”, “o que me impede?”
(4) Saulo (Atos 9.9,11,18; 22.16): “orando e jejuando”; “invocando o nome dele”
(5) Cornélio (Atos 10.43): “crê”, “recebe”
(6) Lídia (Atos 16.14-15): “abriu seu coração”
(7) Carcereiro em Filipos (Atos 16.30-34): “crer”, “pregaram a palavra de Deus”, “lavou as feridas deles”
(8) Crispo (Atos 18.8): “creu”, “criam”
b.Note que fé e arrependimento não são mencionados em todos os casos (apesar de que certamente esta implícito); de qualquer modo, o fato de que eles foram batizados é claramente mencionado todas as vezes.

3. PROPÓSITO: Para a remissão (perdão) dos pecados e receber o dom do Espírito Santo (unido com Cristo)

a.O propósito do batismo de João Batista: arrependimento, perdão de pecados e testemunhar de Jesus
(1) Mateus 3.1-2,6,8; Marcos 1.4-5; Lucas 3.3,8; João 1.31-34
(2) Veja também Atos 18.25-26; 19.1-7 (o batismo Cristão é definitivamente diferente do batismo de João Batista; note que quando o batismo era praticado erroneamente, era rapidamente corrigido)

b.O propósito do batismo na vida e ministério de Jesus:
(1) Mateus 3.15-17 (cumprir toda justiça, o espírito de Deus descendo, agrada o Pai)
(2) Mateus 3.11; Lucas 3.16 (batizará com o Espírito e com fogo)
(3) Mateus 28.19 (a marca do discipulado, iniciação)
(4) Marcos 16.16 (salvo, senão será condenado)
(5) João 3.5 (entrar no Reino de Deus)

c.O propósito do batismo para os discípulos de Jesus: João 3.22,26,36
(1) purificação
(2) penhor de obediência

d.O propósito do batismo no Novo Testamento
(1) Atos:
--2.38 remissão dos pecados; receber o dom do Espírito Santo
--8.15-17 conectado com o Espírito Santo
--9.17-18 cheio do Espírito Santo
--10.47-48 conectado com o Espírito Santo
--19.2-5 conectado com o Espírito Santo
--22.16 lavar os pecados
(2) Paulo:
--Rm 6.3-11 unidos com Cristo; novidade de vida
--1 Co 6.1 lavados; santificados; justificados
--1 Co 12.13 “um único Espírito”, “beber de um único Espírito”
--Gl 3.27 revestir de Cristo
--Cl 2.11-13 unidos com Cristo; despojar da carne, perdão das transgressões
--Tt 3.5 “lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”
(3) Epístolas Gerais:
--Hb 10.22-23 corações aspergidos; lavados com água pura
--1 Pd 3.21 “salva vocês”, consciência limpa

QUESTÕES CONCLUSIVAS PARA SEREM CONSIDERADAS:
1. Pode alguém ser salvo sem fazer parte do Corpo Cristo? _______________________________.
2. Como alguém passa a fazer parte do Corpo de Cristo? _____________________________________.
3. Pode alguém ser salvo sem ser perdoado? _____________________________________________.
4. Quando é que alguém tem certeza que foi perdoado? ______________________________________.
5. Você pode ser salvo sem o Espírito Santo? ______________________________________________.
6. Quando é que alguém tem certeza que recebeu o Espírito Santo? _____________________________.
7. O batismo salva? __________________________________________________________________.
8. O batismo é necessário (“essencial”) para a salvação? _____________________________________.
9. E aqueles que não têm sido batizados da forma bíblica, o que será deles? ______________________.

MEMBROS DA IGREJA LOCAL

Para todo verdadeiro crente em Cristo chega a hora de considerar a questão do arrolamento à igreja. Muitas vezes dá-se pouco valor ao arrolamento à igreja, por várias razões. Vamos considerar o que as Escrituras têm a dizer sobre esta área.

1. HOUVE ALGUM RELACIONAMENTO DE MEMBROS NA IGREJA PRIMITIVA?

Os Evangelhos e o Livro de Atos dão a entender que houve evidência de arrolamento. Os discípulos de Jesus e os crentes primitivos na realidade foram contados e registrados.

a. Jesus escolheu 12 apóstolos, contados e chamados por nome. Lucas 9.1-2
b. Mais tarde, Jesus escolheu para Si mais 70. Lucas 10.20
c. Mais de 500 irmãos viram a Jesus na Sua Ascensão.
d. Antes de Pentecostes, 120 discípulos reuniram-se no cenáculo. Atos 1.15 (o número dos nomes era cerca de 120)
e. Por ocasião do Pentecostes e depois, multidões foram levadas a Cristo e à Igreja que Ele dissera que edificaria.
f. Foram acrescentadas a eles (os 120) cerca de 3.000 almas. Atos 2.41-47
g. Cerca de 5.000 creram também em Atos 4.4.
h. O número dos discípulos multiplicava-se grandemente em Jerusalém. Atos 6.7
i. No mínimo 10.000 crentes foram enumerados nestas Escrituras.

2. COMO SE TORNAR MEMBRO DA IGREJA DE CRISTO?

Há dois aspectos na inclusão à Igreja no livro de Atos.

a. Aspecto Espiritual.
Ninguém pode ingressar na Igreja de Cristo como se ingressa num clube, etc. Atos 5.13. Na Igreja Primitiva os membros eram acrescentados (grego prostithemi: pôr junto, adicionar ou colocar ao lado de) ao Senhor. Atos 5.14; 11.24
Precisamos unir-nos no Espírito, pelo Espírito, ao Senhor, para sermos acrescentados à Igreja, universal e espiritual. Isto é de suma importância.

b. Aspecto prático.
Deve também haver uma expressão visível e prática de nossa posição na Igreja. Vemos que isto significa pertencer à “Igreja local”. Atos 2.41-47
(1) Acrescentados ao Senhor – Atos 5.14; 11.24
(2) Acrescentados a eles – Atos 2.41
(3) Acrescentados à igreja – Atos 2.47

Podemos ser membros de qualquer igreja local ou denominação, mas precisamos ser acrescentados ao Senhor, senão a nossa relação não é reconhecida por Cristo. No entanto, uma expressão prática de nossa posição é evidenciada em sermos acrescentados a uma igreja neotestamentária local.

Atos 2.37-38 estabelece o padrão e as evidências do arrolamento na Igreja do Novo Testamento. Isto nunca mudou na mente de Deus. Essas evidências eram tangíveis e visíveis.

3. É BÍBLICO TERMOS ALGUM TIPO DE ROL DE MEMBROS?

Sim. O Antigo e o Novo Testamentos mencionam livros em que nomes de pessoas do povo de Deus eram registrados. É impossível cuidar devidamente do rebanho de Deus se ninguém souber onde estão as ovelhas, ou se na verdade elas não pertencerem a alguma igreja local.

a. O Antigo Testamento:
(1) Os israelitas tiveram seus nomes nos livros de genealogia da nação. Eram contados diante do Senhor. Números 1-2
(2) Os levitas também foram contados diante do Senhor antes de poderem ministrar em seus ofícios sacerdotais. Nm 3
(3) Todos os que foram contados em Israel tiveram de ser resgatados com prata. Êxodo 30.11-16
(4) O remanescente da Babilônia tinha que estar registrado no livro para poder ministrar no sacerdócio. Ed 2.62-63; Ne 7
b. O Novo Testamento:
(1) A Igreja dos Primogênitos tem os seus nomes escritos no céu. Hebreus 12.22-24
(2) Os redimidos de todos os tempos também têm seus nomes escritos no Livro da Vida. Fp 4,3; Ap 13.8; 17.8; 20.12-15;21.27

Deus mantém registros! Deus guarda os nomes e os números dos santos no seu rol! Se o próprio Deus faz isto, não deve haver problemas se o homem finito fizer o mesmo! Deus sabe quem está no Seu livro e quem não está.
NOTA: A lei requer registro legal com respeito à relação entre os membros e os fundos da igreja, propriedades, impostos, etc. Este registro não pode ser feito por um método invisível e místico.

4. POR QUE HÁ MUITOS QUE REJEITAM UMA FILIAÇÃO PRÁTICA À IGREJA?

Várias razões poderiam ser mencionadas:
a. Medo de ser magoado
b. Legalismo
c. Crer que não é Bíblico
d. Não ser submisso em espírito
e. Desejar ser governado e dirigido por si mesmo, sem lei
f. Não querer sustentar a igreja financeiramente com dízimos e ofertas
g. Preferir não estar sob correção, disciplina ou proteção
h. Não querer submeter-se a algo local e visível

5. QUAIS SÃO ALGUMAS DAS VANTAGENS DE UMA FILIAÇÃO PRÁTICA À IGREJA?

a. Segurança – A família de Deus – proteção contra os “lobos”
b. Comunhão; sentir que faz parte; companhia
c. Alimento espiritual da Palavra
d. Disciplinas, correção se for necessário
e. Ministração de vida, de cura e de saúde para os membros do Corpo
f. A mesa da comunhão; vida; Santa Ceia
g. Amor, cuidado e interesse de maneira prática do presbiterado (pastores e presbíteros)

Não podemos esperar receber todas as bênçãos e todos os benefícios da Igreja do Senhor, enquanto não estivermos dispostos a submetermo-nos às responsabilidades de um membro! A filiação pode ser mudada para outras igrejas locais em caso de mudança.

PERGUNTAS:
1. Quanto à filiação prática à igreja, precisa haver uma expressão _______________ e __________________.
2. Algumas das vantagens da filiação prática incluem:

a._____________________________________________________________.
b._____________________________________________________________.
c._____________________________________________________________.
d._____________________________________________________________.
e._____________________________________________________________.
f._____________________________________________________________.
g._____________________________________________________________.

CONFIRMAÇÃO DOS MEMBROS NA IGREJA LOCAL

A maioria das igrejas históricas tem alguma forma de confirmação, pela qual uma pessoa é admitida plenamente aos privilégios e responsabilidades de filiação à igreja. Isto varia de grupo para grupo. Devemos reconhecer que certas cerimônias para confirmação não se acham na Bíblia. No entanto, as Escrituras mostram que há uma verdade na confirmação.

1. QUE SIGNIFICA A PALAVRA “CONFIRMAR”?

Webster define a palavra assim: “Firmar, fazer mais firme, fortalecer, estabelecer, encorajar”. Também “certificar, dar nova afirmação da verdade, verificar, ratificar, confirmar um acordo, uma promessa, uma aliança, ou um titulo” (ex. O Senado confirma ou rejeita as indicações a cargos administrativos feitos pelo Presidente).
O Dicionário New Century acrescenta: “Tornar válido ou obrigatório por algum ato formal ou legal”.
A definição Bíblica dá à palavra uma grande variedade de sentidos, como segue: “Preencher, efetuar, ou fortalecer, estabelecer, fixar, preparar, prevalecer, encorajar, ratifica, fazer autoritário, intervir (como árbitro), ratificar (como garantia), fazer seguro, inabalável, estável”.

2. QUE EXEMPLOS TEMOS NAS ESCRITURAS DE COISAS CONFIRMADAS?

a. Alianças eram confirmadas. Daniel 9.27; Gálatas 3.15-17
b. Promessas eram confirmadas. Romanos 15.8
c. Cartas eram confirmadas. Éster 9.29-32
d. Palavras eram confirmadas. 1 Reis 1.14; Ezequiel 13.; Daniel 9.12
e. Heranças eram confirmadas. Salmo 68.9
f. O Evangelho de Jesus Cristo era confirmado, com sinais que seguiam. Hebreus 2.3; Isaías 44.26; Fl 1.7; Marcos 16.20

3. TEMOS EXEMPLOS DE PESSOAS SENDO CONFIRMADAS?

Sim. As Escrituras mostram que o povo de Deus era confirmado, fortalecido, encorajado, e assegurado da verdade do Evangelho na Nova Aliança.

a. Os reis eram confirmados no ofício de Rei. 1 Crônicas 14.2
b. Paulo e Barnabé confirmaram as almas dos discípulos nas igrejas que estabeleceram. Atos 14.21-23
c. Judas e Silas, como profetas de Deus, exortaram e confirmaram o povo de Deus. Atos 15.32
d. A igreja de Corinto foi exortada a confirmar seu amor para com o excomungado arrependido. 2 Coríntios 2.8
e. O crente deve ser confirmado até o fim. 1 Coríntios 1.6-8
f. Crentes fracos devem ser confirmados (fortalecidos). Isaías 35.3 com Hebreus 12.12-13
g. Os discípulos em Gálatas e Frigia foram fortalecidos (confirmados) pelo ministério de Paulo. Atos 18.23

4. COMO PODEMOS CONFIRMAR A FILIAÇÃO À IGREJA LOCAL?

a. Pela imposição de mãos dos presbíteros e oração.
b. Estendendo a destra da comunhão. Gálatas 2.8-9
c. Por compromisso verbal, ou afirmação pública, pelo qual o crente é aliado e se prontifica a receber os privilégios, assumir as responsabilidades, e aceitar a disciplina da igreja local, da qual ele é membro.
“O juramento, servindo de garantia…” Hebreus 6.16-17
“Quando fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo…” Eclesiastes 5.4-5
Comprometer-se é “garantir; confiar; pôr em custódia ou encargo”.
Isto confirma a toda a congregação que esta pessoa é membro reconhecido e responsável da igreja, e deve ser recebida como tal. Confirma que a liderança e os membros têm compromisso uns com os outros.

NOTA: A confirmação pode ser experimentada várias vezes na vida do crente.

(1) Confirmação após a profissão de fé, no batismo nas águas. 1 Coríntios 1.6-10
(2) Confirmação no ato de arrolamento.
(3) Confirmação por imposição de mãos do presbitério. 1 Timóteo 1.18; 4.14; 5.22; 2 Timóteo 1.6
(4) Confirmação na hora da ordenação. Atos 6.6; 13.1-4
(5) Em outras ocasiões, pela direção do Espírito Santo.

Confirmação, portanto, é um meio de graça pelo qual os membros da igreja local são fortalecidos, fundamentados, e estabelecidos na fé de Jesus Cristo e encomendados à vontade de Deus. (Ler também 2 Coríntios 1.21; Colossenses 2.7; Neemias 13.9)

Nas Igrejas de Cristo/Cristãs, o único teste de fé que é requerido para o batismo e o recebimento de novos membros é a pessoa professar que “crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus”.

“O Deus de toda a graça…vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”. 1 Pedro 5.10

PERGUNTAS:
1. Arrolamento à Igreja Local pode ser confirmado por:
a.______________________________________________________________________________
b.______________________________________________________________________________
c.______________________________________________________________________________
2. Confirmação é um meio de graça, pelo qual os membros da Igreja Local são __________ e ____________ na fé de Jesus Cristo e ________________ à vontade de Deus.
3. Qual é o teste de fé requerido de quem vai batizar-se ou tornar-se membro das Igrejas de Cristo/Cristãs?________.

DISCIPLINA NA IGREJA

Nesta lição estudaremos a importância da disciplina. Sem disciplina, nenhuma família natural poderia levar seus filhos à maturidade. Este também é o caso da igreja, a família de Deus. A primeira vez que o Senhor Se refere à igreja local, Ele mostra a necessidade e o procedimento da disciplina. Mateus 18.15-20

1. QUE SIGNIFICA A PALAVRA “DISCIPLINA”?

A palavra disciplina significa:
a.Ensinamento, aprendizagem, educação;
b.Treinamento que corrige, molda, ou aperfeiçoa as faculdades mentais ou morais;
c.Castigo para infligir dor ou penalidade;
d.Um preceito ou sistema de preceitos que governam a conduta ou atividade.

2. POR QUE É NECESSÁRIO?

a.Basicamente, a disciplina é destinada a possibilitar a ordem e a felicidade. Sem ela haveria anarquia.
b.A disciplina introduz o princípio de submissão – a minha vontade submetendo-se à vontade d’Ele.
c.Egoísmo e vontade própria trazem destruição e miséria. Isaías 14.12-14

3. QUAIS SÃO OS DOIS ASPECTOS PRINCIPAIS DA DISCIPLINA?

a.Disciplina para restauração. Gálatas 6.1; Apocalipse 3.19; Hebreus 12.5-11
b.Disciplina para condenação. 1 Coríntios 11.29-32

4. QUAIS AS ÁREAS DE CONDUTA IMPRÓPRIA QUE REQUEREM DISCIPLINA NA BÍBLIA?

a.Cobiçoso – imoderadamente desejoso, ganancioso.
b.Idolatra – ter amor excessivo a certa pessoa ou coisa.
c.Maldizente – linguagem abusiva, zombador.
d.Beberrão – alguém que bebe habitualmente.
e.Roubador (Furtador ou Ladrão) – obter algo de alguém por opressão ou abuso de autoridade.
f.Devasso – relação sexual ilícita – 1 Coríntios 5.1-13
g.Conduta desordenada – 2 Tessalonicenses 3.6-15
h.Heresia – 2 Timóteo 2.17-18; Tito 3.9-11

5. QUAL É O PROCEDIMENTO BÍBLICO PARA A DISCIPLINA?

Mateus 18.15-20
a.Procurar o irmão a sós – devemos manter uma atitude correta. Gálatas 6.1
b.Levar consigo dois ou três outros
(1) Correção não é rejeição, mas uma forma vital de aceitação (2 Corintios 2.5-11).
(2) Rejeição do erro, mas aceitação do irmão; não podemos restaurar sem primeiro aceitar.
c.Diga-o à igreja (à liderança) – é responsabilidade da liderança anunciar qualquer forma de excomunhão.

6. QUAL É O SIGNIFICADO DA DISCIPLINA?

Sem dúvida, o Novo Testamento ensina disciplina. Sem ela, o discipulado torna-se impossível. Seu alcance vai desde a autodisciplina à disciplina eclesiástica; da exortação à excomunhão. O que podemos deduzir do fato de que as Escrituras ensinam a responsabilidade da igreja em disciplinar seu povo?

a.Significa que sou guardador de meu irmão. “Se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o, com espírito de brandura…Levai as cargas uns dos outros…” Gálatas 6.1-2
b.Demonstra que “nenhum de nós vive para si mesmo”. Romanos 14.7. Às vezes alguém te mandará cuidar da tua vida e não te meter na dele, mas o fato é que teu irmão é tua conta.
c.Diz claramente que Deus é santo e o pecado não é insignificante. A Igreja Primitiva tinha pureza e poder, mas a Igreja de nossos dias tem quantidade e influência.
d.Ensina que o pecador é contagioso. Disciplina não é para dividir entre bons e maus, mas é para isolar pecado contagioso e impedir que outros o “peguem”, pois somos suficientemente semelhantes para todos sermos suscetíveis. É antes restaurador do que punitivo.
e.Manifesta o fato de que a vida Cristã é uma vida incorporada. “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo”. 1 Coríntios 12.13; “De maneira que, se um membros sofre, todos sofrem com ele”. 1 Coríntios 12.26. Individualismo é o pecado de divisão.
f.Mostra a qualidade de arrolamento espiritual que havia no Novo Testamento. As pessoas tornam-se parte de uma igreja neotestamentária, ou jamais poderiam ter sido excluídas (Mateus 18.17). Pessoas que meramente são “membros livres” de uma Igreja Universal, mística e invisível, nunca poderão preencher os padrões achados nas Escrituras. Isto não se refere a “ter uma carteirinha”, mas a serem “membros” como a mão é membro do corpo.
g.Prova a soberania da igreja local. O povo discipulado em Mateus 18.17-18 tem na igreja local um tribunal supremo sobre a terra – não há uma superestrutura de eclesiasticismo, líderes distritais, superintendentes, bispos, ou papas, a quem possam apelar. A igreja local tem sua Cabeça no céu.

PERGUNTAS:

1. A disciplina é basicamente destinada a possibilitar _______ e________; sem ela haveria ____________.
2. Os três passos Bíblicos de disciplina envolvem:
1) ______________________________________________________________________
2) ______________________________________________________________________
3) ______________________________________________________________________

DISCIPULADO NA IGREJA

A Grande Comissão da Igreja é de ir e fazer “discípulos de todas as nações”. “Portanto ide, ensinai todas as nações”. Mateus 28.16-20. “E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade, e feito muitos discípulos…” Atos 14.21.
A palavra “ensinar” no grego (matheteou) quer dizer “ser ou fazer um discípulo”. A Grande Comissão é literalmente “discipular todas as nações”.

1. QUE É UM DISCÍPULO?

Para entender plenamente as implicações do programa discipulador de Cristo é necessário definir o sentido da palavra “discípulo”.
a.O uso da palavra nas Escrituras:
(1) O Antigo Testamento – A palavra “discípulo” é usada uma só vez no Antigo Testamento, numa profecia a respeito de Cristo e a Igreja em Isaías 8.16
(2) O Novo Testamento – “Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo” Lucas 14.27
A palavra “discípulo” é usada no Novo Testamento:
(a) Nos Evangelhos – aproximadamente 240 vezes;
(b )Nos Atos – 26 vezes;
(c) Nas Epístolas – nenhuma vez.

Pergunta: Por que a palavra “discípulo” é usada tantas vezes nos Evangelhos, poucas vezes nos Atos, e nenhuma vez nas Epístolas às Igrejas? Veremos a resposta mais adiante no estudo.
b. O sentido da palavra – estudo da palavra
(1) O sentido na Bíblia – Concordâncias de Young e Strong
“Alguém ensinando ou treinando”. (O mesmo em hebraico e grego)
“Um aprendiz, um estudante, um discípulo”.
“Matricular-se como estudante, ser discípulo, instruir, ensinar”.
(2) Dicionário – Webster & Collins
“Aluno ou seguidor de qualquer professor ou escola”. (Ver Efésios 5.1-2; 1 Coríntios 11.1)
“Alguém que recebe instrução de outro, alguém que aceita instrução ou doutrina de outro”.
“Estudante, aluno, seguidor, adepto”. (Ver Marcos 4.34; Lucas 10.23-24)
“Disciplina”
(a) Treinamento que desenvolve autocontrole, caráter.
(b) Submissão a controle.
(c) Conduta ordenada.
(d) Tratamento que corrige ou castiga.
“Disciplinador – Um que impõe disciplina. (Ver Jô 36.10)

Um DISCÍPULO, portanto, é um aluno, um seguidor, um estudante em submissão, em treinamento, disciplinado por Jesus Cristo. (Ver Lucas 6.40; Mateus 10.24-26)

2. QUAL É A RELAÇÃO ENTRE UM DISCÍPULO E A IGREJA LOCAL?
O Novo Testamento ensina que todo membro da igreja local é chamado para ser um discípulo.
“acrescentava à igreja” Atos 2.41-47
“igreja…discípulos” Atos 11.26
“discípulos…igreja…presbíteros” Atos 14.22-23
“discípulos…igreja” Atos 19.1; 20.17
“igreja…discípulos” Atos 20.28-32

EVANGELHOS ATOS EPÍSTOLAS
Igreja (2) Igreja (24) Igreja (88)
Discípulos (aproximadamente 240) Discípulos (26) Discípulos (0)

3. QUE SIGNIFICA SER UM VERDADEIRO DISCÍPULO?

As seguintes coisas estão envolvidas na aceitação da chamada inicial de Cristo ao discipulado:
a.Calcular primeiro o custo – Lucas 14.25-33
O custo é TUDO. De outra forma não podemos ser seus discípulos.
b.Se alguém quer vir após mim:
(1) Negue-se a si mesmo – negar a si mesmo é a primeira e indispensável condição do discipulado.
(2) Tome a sua cruz – pronto para morrer a qualquer hora. A cruz sempre aponta o fato de que uma pessoa será crucificada. Não é um ornamento.
(3) Segue-me – seguir a Cristo Jesus (Lucas 9.23). Três seguidores testados: Lucas 9.57-62; Mateus 16.24-25; João 8.31; Marcos 6.1.

Muitos crentes são salvos, mas não são discípulos. Salvação é a aceitação da obra de SUA cruz; o discipulado é tomar a NOSSA cruz.

Sua cruz – substituição – Cristo morreu por nós;
Nossa cruz – identificação – nós morremos com Ele.

PERGUNTAS:
1. Um discípulo é um _________________________, um ______________________________,
um _______________________________, em _____________________________________,
em ______________________________, ________________________________________ por Jesus Cristo.
2. O Novo Testamento ensina que todo membro da Igreja Local é chamado para ser ____________________.

MORDOMIA CRISTÃ

Mordomia é a prática de se dar, sistematicamente e proporcionalmente, tempo, habilidade, possessões e matérias, baseada na convicção de que estes nos são confiados por Deus para serem usados no Seu serviço, em beneficio do Seu Reino. É uma sociedade divino-humana com Deus como sócio Principal. É um modo de viver; o reconhecimento de Deus como possuidor de nossa pessoa, nossos poderes, e nossas possessões, e o uso fiel desses para a promoção do Reino de Cristo neste mundo.

1. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE POSSE E MORDOMIA?

a.Posse – Deus é o possuidor de todas as coisas. Gêneses 14.19,22; Salmo 24.1; 50.1-12; 68.19; 89.11; Ageu 2.8
b.Mordomia – Não somos donos, somos apenas mordomos responsáveis que devem prestar contas. Mateus 25.14-30; Lucas 19.11-26

DEUS | O HOMEM
O DOADOR | O RECEBEDOR
POSSUIDOR | MORDOMO
O DONO | PRESTA CONTAS, PODE USAR, ABUSAR E PERDER
O GALARDOADOR | O FIEL RECOMPENSADO

2. QUAIS SÃO AS DIFERENTES RELAÇÕES DONO-MORDOMO?

a.Vida – O que recebemos. Gêneses 1.27,28; Atos 17.25; Tiago 1.17
b.Tempo – O que nos foi outorgado. Provérbios 24.30-34; Salmo 90.12
c.Talentos – O que nos foi dado para usar. Mateus 25.14-30
d.Possessões – O que é confiado. Mateus 6.19-21; Colossenses 3.1-2
e.Finanças – O que ganhamos com nosso trabalho. 1 Coríntios 16.1-2

3. QUAIS SÃO OS REQUISITOS DE UM BOM MORDOMO?

a.Fidelidade. 1 Coríntios 4.1-2
b.Disposto a receber ensino. Salmo 27.11
c.Desejo de ministrar (servir) às pessoas. Romanos 12.10-13
d.Um coração de servo. Gálatas 5.13
e.Disposição para dar. Lucas 6.38

4. MORDOMOS DEVEM PRESTAR CONTAS?

Sim. Veja a parábola do mordomo infiel. Lucas 16.1-13
a.Que significa ser mordomo?
b.De que foi acusado o mordomo no versículo 1?
c.Nós devemos prestar contas de nossa mordomia? Quando? v.2
d.É possível perdemos a nossa mordomia? Agora ou na eternidade? v.3
e.Que fez o mordomo infiel com três dos devedores do seu senhor? vs.5-6
f.Por que o Senhor elogiou o mordomo infiel pela ação errada que praticou? v.8
g.O que são (1) as riquezas da injustiça? vs.9,11,13; (2) a verdadeira riqueza?
h.Qual é a palavra chave (usada 4 vezes) nos versículos 9-13? Somos isto?
i.Como podemos fazer para nós “amigos com as riquezas da injustiça?” v.9

PERGUNTAS
1. Mordomia é a pratica de __________________________________________________.
2. Os requisitos de um bom mordomo incluem:
(1)_________________________; (2) __________________________________;
(3) ________________________; (4) __________________________________;
(5) __________________________________________________.

MORDOMIA DAS FINANÇAS

Estabelecido o principio fundamental que Deus é o DONO de todas as coisas, e que nós somos MORDOMOS que devem prestar contas de tudo que Ele nos tem dado, esta lição considera o que devemos fazer com o que Deus nos dá.

1. QUE DIZ O NOVO TESTAMENTO A RESPEITO DAS FINANÇAS?

a.Os Evangelhos contêm mais advertência com relação ao dinheiro e ao seu uso do que contra qualquer outro assunto.
b.Um em cada quatro versículos em Mateus, Marcos e Lucas tratam de dinheiro.
c.Um em cada seis versículos do Novo Testamento todo trata de ou faz alguma referência ao dinheiro.
d.Quase a metade das parábolas de Jesus tem alguma referência ao dinheiro, especialmente advertências contra a cobiça.
e.O primeiro discípulo a cair foi Judas. Foi por amor ao dinheiro: vendeu a Cristo por dinheiro, que ele nunca chegou a gastar. João 12.4-8; 13.27; Atos 1.25; Mateus 26.14-16; 27.3-10
f.O primeiro pecado na Igreja Primitiva refere-se a uma dádiva de dinheiro para o Senhor. Note como Satanás entrou na cena da glória da Igreja Primitiva através do dinheiro, quando o espírito de doação estava sobre o povo. Atos 5.1-10
g.O pecado de Simão (“simonia”) refere-se ao dinheiro e a tentar comprar os dons de Deus com ele. Atos 8.14-24
h.Vale a pena notar que duas das palavras do Novo Testamento cujo valor numérico em grego iguala-se a 666, o numero do sistema do mundo, são: riqueza e traição. Apocalipse 13.16-18. Então ligadas ao poder para comprar e vender.

2. QUE ADVERTÊNCIA NOS DÁ O NOVO TESTAMENTO A RESPEITO DE DINHEIRO?

1 Timóteo 6.6-10 – Em si o dinheiro não é mau; dinheiro não é nem moral, nem imoral. É o AMOR ao dinheiro que é a raiz de todos os males.

3. QUAL É O ENSINO DAS ESCRITURAS A RESPEITO DE DÍZIMOS E OFERTAS?

a.Devemos trazer nossos dízimos e ofertas à casa do tesouro de Deus. Malaquias 3.7-12
b.A casa do tesouro é o lugar onde o povo de Deus é alimentado.

4. O DÍZIMO É PARA NOSSOS DIAS?

Sim – Tanto no Antigo como o Novo Testamento confirmam a verdade que crentes devem dar o dízimo (uma décima parte) de suas rendas.
a.O dízimo antes da Lei.
(1) Abraão (sob aliança). Gêneses 14.18-20
(2) Jacó (sob aliança). Gêneses 28.22
b.Dízimo sob a Lei.
Israel (Aliança Mosaica). Levítico 27.30-33; Números 18.20-32
c.Dízimo sob a Graça.
Jesus confirmou o dízimo. O dízimo não era da Lei, mas antes da Lei. Mateus 23.23; Lucas 11.42; 18.12; Hebreus 7.1-21
d.A pessoa que não paga dízimos e ofertas está roubando de Deus. O dizimo não é seu para dar; já pertence a Deus. A pessoa que só paga os dízimos e não dá ofertas, não está dando nada a Deus. Deus está dizendo “provai-me nisto”. “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis; em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida”. Malaquias 3.8-10

5. QUAIS SÃO ALGUNS DOS PRINCÍPIOS EM DAR?

a.Dar-nos primeiramente ao Senhor. 2 Coríntios 8.5
b.Dar de boa vontade. 2 Coríntios 8.3,12
c.Dar com alegria (com hilaridade). 2 Coríntios 9.7
d.Dar com generosidade, liberalmente. 2 Coríntios 8.2; 9.13
e.Dar proporcionalmente. 2 Coríntios 9.6; 8.14-15
f.Dar regularmente. 2 Coríntios 16.1-2
g.Dar sistematicamente. 2 Coríntios 9.7
h.Dar com amor. 2 Coríntios 8.24
i.Dar com gratidão. 2 Coríntios 9.11-12
j.Dar como ministração ao Senhor e aos Seus santos. 2 Coríntios 9.12-13
O que dá pela LEI, dá por obrigação.
O que dá por AMOR, dá por prazer.

PERGUNTAS:
1. O principio Bíblico do dízimo foi confirmado _________ da Lei, ____________ a Lei e ___________ a graça.
2. Alguns princípios Bíblicos em dar incluem:
(1) ____________________________________________________.
(2) ____________________________________________________.
(3) ____________________________________________________.
(4) ____________________________________________________.
(5) ____________________________________________________.
(6) ____________________________________________________.
(7) ____________________________________________________.
(8) ____________________________________________________.
(9) ____________________________________________________.
(10) ___________________________________________________.

RESPOSTAS:

BATISMO NAS ÁGUAS (Parte 1)
1. Mergulhar, submergir, emergir.
2. Morte, sepultamento, ressurreição.

BATISMO NAS ÁGUAS (Parte 2)
O NOME DA TRINDADE
1. Do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.
2. Senhor Jesus Cristo.

BATISMO NO NOVO TESTAMENTO
1. Não.
2. Crer, arrepender e ser batizado.
3. Não.
4. No batismo. Deus pode perdoar a qualquer momento, mas tenho certeza do perdão de meus pecados do passado no ato do batismo.
5. Não.
6. No batismo.
7. Não.
8. Sim. Com fé e arrependimento.
9. Cabe a Deus julgar! Mas uma vez que a pessoa tem o conhecimento da verdadeira forma e sentido do batismo ela será julgada pelos seus conhecimentos, sendo assim é possível que esta pessoa não seja salva por desobediência.

MEMBROS DA IGREJA LOCAL
1. Visível e prática.
2. a. Segurança – A família de Deus – proteção contra os “lobos”
b. Comunhão; sentir que faz parte; companhia
c. Alimento espiritual da Palavra
d. Disciplinas, correção se for necessário
e. Ministração de vida, de cura e de saúde para os membros do Corpo
f. A mesa da comunhão; vida; Santa Ceia
g. Amor, cuidado e interesse de maneira prática do presbiterado (pastores e presbíteros)

CONFIRMAÇÃO DOS MEMBROS NA IGREJA LOCAL
1. a. Pela imposição de mãos dos presbíteros e oração.
b. Estendendo a destra da comunhão. Gálatas 2.8-9
c. Por compromisso verbal, ou afirmação pública, pelo qual o crente é aliado e se prontifica a receber os privilégios, assumir as responsabilidades, e aceitar a disciplina da igreja local, da qual ele é membro.
2. Fortalecidos, fundamentados, e estabelecidos – encomendados.
3. Crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus

DISCIPLINA NA IGREJA
1. Ordem e felicidade; anarquia.
2. (1) Procurar o irmão a sós.
(2) Levar consigo duas ou três testemunhas.
(3) Diga-o à igreja, à liderança em primeiro lugar e cabe à liderança disciplinar ou até mesmo excluir se necessário for.

DISCIPULADO NA IGREJA
1. Aluno, seguidor, estudante, submissão, treinamento, discipulado.
2. Discípulo.

MORDOMIA CRISTÃ
1. Se dar, sistematicamente e proporcionalmente, do tempo, habilidade, possessões e matérias, baseada na convicção de que estes nos são confiados por Deus para serem usados no Seu serviço em beneficio do Seu Reino.
2. (1) Fidelidade; (2) Disposto a receber ensino; (3) Desejo de ministrar (servir) às pessoas; (4) Um coração de servo; (5) Disposição para dar.

MORDOMIA DAS FINANÇAS
1. Antes, Sob e Sob.
2. (1) Dar-nos primeiramente ao Senhor. (2) Dar de boa vontade. (3) Dar com alegria (com hilaridade). (4) Dar com generosidade, liberalmente. (5) Dar proporcionalmente. (6) Dar regularmente. (7) Dar sistematicamente. (8) Dar com amor. (9) Dar com gratidão. (10) Dar como ministração ao Senhor e aos Seus santos.

BIBLIOGRAFIA

Princípios da Vida da Igreja – Por Kevin J. Conner e K.R. “Dick” Iverson
Historia do Movimento da Restauração – Dr. Tommy Smith

Adaptação, Tradução e Complemento – Jefferson “JEFF” Davis Fife
Pastor – Igreja de Cristo em Campo Limpo Paulista e Jundiaí - SP
Missionário – Brazil River of Life Ministries/ Ministério Rio de Vida
Rua Maria José Rodrigues, 105 Jardim Santa Lúcia – CLP/SP
Fone: 0XX-11-4038-3422
E-Mail: RLM_Fifes@hotmail.com
Última Vontade e Testamento do Presbitério de Springfield
Escrito por Barton W. Stone
19-Nov-2007
Escrito por Barton W. Stone e outros em 1804

28 de junho de 1804

O Presbitério de Springfield situado em Cane Ridge, condado de Bourbon, estando em plena saúde graças à Providência, crescendo em força e tamanho a cada dia. Estando em perfeita saúde e serenidade mental, mas sabendo que tem sido determinado por todos os seus membros delegados o morrer uma só vez. E considerando que a vida de tal corpo é muito incerta, portanto, executa e ordena que esta seja nossa última vontade e testamento da maneira e forma que se descreve a seguir:
É nossa vontade que este corpo morra, seja dissolvido e submergido para se unir sem limitações ao corpo de Cristo, porque há um só corpo e um Espírito, como fomos chamados em uma só mesma esperança de nossa vocação (Ef 4:4);
É nossa vontade que nosso corpo honorífico com título de "reverendo" seja esquecido para que possa haver tão só um Senhor sobre a herança de Deus e seu nome seja Um;

É nossa vontade que o poder que possuímos para fazer leis que governem a igreja, e impô-las por autoridade que nos tem delegado cesse para sempre, de tal modo que as pessoas tenham livre acesso à Bíblia e adotem "a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus";
É nossa vontade que os candidatos a ministros do Evangelho, de agora em diante, estudem as Sagradas Escrituras em oração fervente e obtenham licença para pregar o simples Evangelho da parte de Deus, "com o Espírito enviado desde o céu", sem mescla de filosofia, enganos vãos, tradições de homens ou com rudimentos do mundo. Que ninguém, de agora me diante, tome "essa honra para si, senão o que é chamado de Deus, como foi Aarão";
É nossa vontade que a igreja de Cristo retome seu direito original de governo interno, que prove a seus candidatos para o ministério no concernente à pureza da fé, conhecimento da prática da religião, seriedade e aptidão para ensinar. Que não se admitam nos candidatos nenhuma outra prova de autoridade, senão a de Cristo falando através deles. É nossa vontade que a igreja espere no Senhor da ceifa que envie trabalhadores para sua seara. Que a igreja assuma seu direito original de provar aqueles "que se dizem ser apóstolos e não o são";
É nossa vontade que cada igreja local, como um corpo, impulsionada pelo mesmo espírito, eleja seu próprio pastor e o sustente por meio de ofertas voluntárias, sem levantar um lista de ajuda e contribuições em dinheiro, que admita membros e remova as transgressões, e que no futuro jamais devolva seu direito de se governar entregando a outro homem ou grupos de homens, não importando quem sejam;
É nossa vontade que desde este momento o povo considere a Bíblia como a única e segura guia ao céu. Todos aqueles que tenham se ofendido com outros livros que competem com a Bíblia podem lança-los à fogueira, se assim o desejam, porque é melhor entrar a vida tendo só um livro, que tendo muitos e ser lançado no inferno;
É nossa vontade que os pastores e o povo cultivem um espírito de paciência mútua, que orem mais e discutam menos. E que ao se levar em si mesmos os sinais dos tempos, olhem para cima e confiadamente esperem a redenção que já se acerca;É nossa vontade que os irmãos fracos, que haviam desejado fazer do Presbitério de Springfield seu rei e não sabem o que tem se passado com ele, se agarrem à Rocha Eterna e sigam a Jesus no futuro;
É nossa vontade que o Sínodo de Kentucky examine a cada um de nossos membros que lhes pareçam suspeitos de haver desviado da Confissão de Fé e que de imediato suspenda os tais suspeitosos hereges para que os oprimidos possam sair livres de uma vez saboreando a doçura do Evangelho da liberdade;
É nossa vontade que Ja_ _ _ _ _ _, autor de duas cartas publicadas ultimamente em Lexington, tome valor em seu próprio zelo para destruir qualquer partidarismo. Desejamos, mais que nada, que nossa conduta passada seja examinada por todos aqueles que possuem uma correta informação, mas que os estranhos se abstenham de falar perversidade de coisas que não conhecem;

Finalmente, é nossa vontade que nossos "corpos irmãos" leiam suas Bíblias com esmero para que encontrem nela a sorte que lhes tenha sido determinada e que se preparem para a morte antes que seja demasiado tarde.

Prebitério de Springfield,

28 de junho de 1804

Robert Marshall

John Dunlavy

Richard McNemar

B. W. Stone

David Purviance

Declaração das Testemunhas:

Nós, os que acima assinam como testemunhas da Última Vontade e Testamento do Presbitério de Springfield, estando em pleno conhecimento de que haverá muitas conjecturas a respeito das causas que haviam ocasionado a dissolução do dito corpo, temos determinado que é preciso deixar claro que desde o começo esse presbitério tem estado unido em amor, tem vivido em paz e concórdia e tem falecido de morte ainda como um feto e voluntária.
As razões pelas quais resolvemos dissolver esse corpo são as seguintes: Com suma preocupação vimos que as divisões e o espírito partidarista entre os cristãos professantes eram ocasionadas pela adoção de credos humanos e determinadas formas de governo. Enquanto nos antínhamos debaixo do nome de um presbitério, lutamos impetuosamente por cultivar um espírito de amor e de unidade entre os cristãos. Ainda assim, achamos quase impossível suprimir a idéia de que nós mesmos éramos um partido separado de outros grupos e essa dificuldade se incrementou na mesma proporção em nossos ministério tinham êxito. Levantaram-se zelos nas mentes de outras denominações e a tentação de ver a outros através desse mesmo prisma se levantou naqueles que estavam envolvidos com os diversos partidos ou grupos.
Na última reunião acordamos preparar um texto para publicar na imprensa intitulado "Observações Acerca do Governo da Igreja", em que o mundo pudesse ver a formosa simplicidade do governo da Igreja Cristã, despojada de toda invenção humana e tradições senhoriais. Ao internamos na investigação do tema descobrimos que nenhum exemplo no Novo Testamento respalda a existência de confederações tais como os modernos concílios, presbitérios, assembléias gerais e etc. Portanto, concluímos que enquanto continuássemos organizados como estávamos, permaneceríamos excluídos do fundamento dos Apóstolos e Profetas, sendo a principal pedra angular Jesus Cristo mesmo. Ainda que havíamos chegado a essa conclusão nos mantínhamos debaixo do nome e autoridade de um corpo auto-constituído. Portanto, baseados nos princípio de amar aos cristãos de toda a denominação, por amor a preciosa causa de Cristo e por amor aos pecadores que se afastam do Senhor por causa das seitas e partidos dentro da igreja temos consentido jovialmente em retirarmos do estrépito e a fúria de grupos conflitantes e temos decidido abandonar as visões de mentes carnais e enfrentar a morte. Cremos que a morte do presbitério será de grande proveito para o mundo. Apesar dessa morte e despojo do esquema mortal, o qual servia somente para mantermos próximos à escravidão egípcia, hoje vivemos e nos expressamos na terra do Evangelho da liberdade. Tocamos as trombetas do jubileu e de boa vontade nos consagramos para trabalhar pelo Senhor contra o inimigo. Ajudaremos a nossos irmãos quando os nossos conselhos forem requeridos, estaremos dispostos a ordenar anciãos ou pastores, buscaremos a bênção divina e a unidade com todos os cristãos. Comungaremos com eles e fortaleceremos mutuamente nossos braços na obra do Senhor.
Esforçaremos, pela graça de Deus, em continuarmos o exercício de nossas funções que nos pertencem como ministros do Evangelho. Confiadamente esperamos no Senhor que Ele estará conosco. Com toda franqueza reconhecemos que temos podido falar em algumas coisas por causa de nossa humanidade, mas o senhor corrigirá nossos desvios e preservará sua igreja. Que todos os cristãos se unam em clamor, dia e noite, há Deus para que Ele remova tudo o que impede a sua obra e não permitamos que descanse até que ponha a Jerusalém por louvor na terra.
Unimo-nos de todo o coração a nossos irmãos cristãos de qualquer denominação em louvor a Deus por mostrar sua bondade na gloriosa obra que está levando a cabo na parte ocidental de nossa nação, a qual, esperamos, será finalizada na proclamação universal do Evangelho e na unidade da igreja.
Declaração e Discurso: O Principal Documento Histórico do Movimento de Restauração
Escrito por Thomas Campbell
19-Nov-2007
DECLARAÇÃO E DISCURSO

Thomas Campbell, 1809

A cada um se deve permitir julgar por si mesmo e cada pessoa deve assumir sua própria decisão pela qual dará conta diante de Deus de si.

...Estando em pleno conhecimento (desgraçadamente por própria experiência) da natureza viciosa e a tendência perniciosa da controvérsia religiosa entre cristãos, e estando cansados e enfermos desse amargo desarranjo e barulho de espírito partidarista, desejamos obter o anelado descanso. E no que nos seja possível, desejaríamos adotar e recomendar a nossos irmãos as medidas necessárias para obter a dita quietude através de todas as igrejas, ao dar como resultado a restauração da unidade, a paz e a pureza através de toda a igreja de Deus.

DISCURSO


A todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade através de todas as igrejas, o seguinte discurso é apresentado com todo respeito.

Os Males da Divisão:

...Quando se conseguir uma santa unidade e unanimidade da fé e se conseguir praticar o amor, então será possível que a glória de Deus seja promovida e assegurada, assim também se assegurará a felicidade do homem. Sentimo-nos exigidos com esses sentimentos e as vezes afetados pela triste divisão que tem interferido com a benigna e santa intenção de nossa santa religião, ao instigar a seus súditos a se morder e a se devorar mutuamente. Por isso é que não podemos negarmos a contribuir com nosso grão de areia com nossos humildes e sinceros esforços para sarar e remover esses males. Que terríveis e angustiosos efeitos tem produzido essas lamentáveis divisões! Quanta aversão, quantas reprovações, quanto descrédito e perversas conjecturas, quanto litígio irado, quantas inimizades, excomunhões e até perseguições!!! Por certo, tudo isso há de continuar existindo enquanto existam os cismas, porque, como disse o apóstolo, onde há invejas e lutas, ali há confusão e toda obra má. Todavia, estão por se ver resultados ainda mais tristes provocados por essas detestáveis maldições. Isso se verá incluído nesse país tão favorecido, no que a espada do poder civil ainda não tenha aprendido a servir o altar. Acaso não temos visto congregações quebradas em, pedaços e bairros inteiros de cristãos lançados à confusão de partidos antagônicos para logo, ao final, ficar privados das ordenanças do evangelho?

É digno de nota que muitos dos que estão nessas circunstâncias não desfrutam da ceia do Senhor, a qual é uma grande ordenança de unidade e amor.

Enquanto por um, lado os cristãos se mordem e se devoram entre si, se consumindo uns aos outros ou caindo como presas fáceis do juízo de Deus; por outro lado os que praticam a verdadeira religião, não importando o grupo a que pertençam, se sentem ofendidos pois o fraco tropeça, o profano que não tem a graça de Deus se endurece e as bocas dos infiéis se abrem para blasfemar a religião.

A Luta pela Unidade:

O capitão da salvação não tem desistido da luta, nem tem proclamado uma trégua a seu inimigo mortal que está encaixando sua espada nos intestinos da igreja, dilacerando e mutilando seu corpo místico. O capitão não tem chamado a um cessar fogo. Nós somos os melhores soldados instruídos na arte da guerra, sabemos proceder nesse assunto, pois temos diante nós as inadvertências e erros de outros que até aqui não tem alcançado o êxito.

Nessa luta ninguém pode chamar para si um lugar preferido nem exclusivo sobre seus companheiros. Quanto a autoridade, ela não tem lugar nesse negócio, pois ninguém pode se atribuir uma autoridade divina que não tem para chamar a atenção de seus irmãos.

Palavras de Ânimo para a Luta:

Com isso em mente, não seremos desanimados, pois estamos persuadidos que nossa suficiência vem de Deus. Depois de tudo, os poderosos e numerosos estão com conosco. O mesmo Senhor, e todos que são na verdade seu povo, estão declaradamente a nosso lado. As orações das igrejas, as orações de Cristo mesmo (João 17:20-23) e as orações de todos os que ascendido ao reino celestial estão ao nosso favor. A bênção que procede de Sião está sobre o nosso empreendimento. "Pedi pela paz de Jerusalém; sejam prósperos os que a amam". Com essas palavras de ânimo, nada poderá nos deter nesse empreendimento celestial. Não poderíamos nos render sem esperança diante do intento de lograr, no seu devido tempo, uma completa unidade de todas as igrejas, no que a fé e a prática concerne de acordo a Palavra de Deus.

A causa, pela qual advogamos, não é nossa unicamente, nem tampouco é de um grupo determinado. Essa é uma causa comum, a causa de Cristo e de nossos irmãos de todas as denominações. Tudo o que pretendemos é fazer a parte que nos corresponde nesse ato, em conexão com todos que têm parte também nesse bendito trabalho.

A Verdadeira Igreja Apostólica:

Queridos e amados irmãos, não devemos pensar que é incrível que a igreja de Cristo, nesse país tão favorecido, retome a unidade, a paz e a pureza original que lhe pertence e que é parte da sua glória. Portanto, busquemos o que seja necessário para lograr esse propósito e dessa maneira conformarmos ao modelo para adotar a prática explicitamente apresentada à igreja do Novo Testamento. Se o que encontramos produz, em uma ou em todas as igrejas, alguma alteração, tais como deveriam se admitir e aceitar. Com toda segurança, tais alterações serão para melhoramento, não para o deteriomento da igreja; a menos que consideremos que a regra divina que nos inspira seja defeituosa e tenha erros. Se assim fazemos, então mostraremos uma total conformidade à igreja Apostólica em nossa forma de constituir e governar a igreja, e chegaríamos a ter uma igreja tão perfeita como Cristo determinou que fosse. Isso deveria nos encher de satisfação.

Divisões por Assuntos de Pouca Importância:

Nossas diferenças baseiam nas coisas que não têm nada a ver com o reino de Deus, ou seja, são assuntos de opinião pessoal ou invenção humana. É uma vergonha que o reino de Deus se divida por tais assuntos! Para que nossas brechas sejam sanadas, eu creio que todos estaríamos dispostos a deixar de lado as invenções humanas na adoração a Deus e cessaríamos de impor as opiniões pessoais sobre os irmãos. Penso que todos nós gostaríamos de nos conformar de boa vontade à norma original estabelecida no Novo Testamento para poder lograr esse feliz propósito.

Há algo bom na divisão? Oh! Que os ministros e o povo entendam que na tumba não existem divisões, nem no mundo que nos espera mais além! No outro mundo nossas divisões obrigatoriamente terminarão! Queiramos ou não, no outro mundo nos uniremos! Queira Deus que ponhamos fim a nossas divisões temporárias aqui para que deixemos bênçãos depois de nós: a igreja unida e feliz. Que benefícios ou gratificações podem outorgar nossas divisões aos pastores e ao povo? Deveriam se manter até o dia do juízo? Poderão elas separar um pecador de seus caminhos errados ou poderão salvar uma alma da morte? Possuem as divisões em si alguma tendência que as faça cobrir uma multidão de pecados que desonram a Deus e prejudicam seu povo? Pelo contrário, são as divisões às que incitam e produzem esses pecados. Quão inumeráveis e altamente agravantes têm sido os pecados que as divisões têm produzido e que continuam produzindo, tanto dentro da igreja como entre os inconversos.

As Treze Proposições:

Que ninguém pense que as proposições, que apresentaremos a seguir, têm sido elaboradas como a abertura de um novo credo ou norma para a igreja ou como tenham sido delineadas como requisitos obrigatórios de comunhão. Isso está muito distante da nossa intenção. Essas proposições estão unicamente destinadas a abrir o caminho pelo qual podemos transitar cômoda e firmemente para terreno firme, baseados em premissas claras e seguras, retornando todas as coisas aonde os apóstolos lhes desejaram:

1. Que a igreja de Cristo sobre a terra é essencial, intencional e constitucionalmente uma. Ela se compõe dos que em todo lugar confessam sua fé e obediência a Cristo, em todas as coisas e de acordo com as Escrituras. Eles se manifestam através de seus temperamentos e condutas. Só esses podem ser chamados, própria e verdadeiramente, cristãos.

2. Que não deve haver divisão na comunhão nem rupturas na fraternidade das igrejas, ainda que a igreja de Cristo deva existir em congregações separadas, geograficamente distintas e independentes umas das outras.

3. Que só podem se tomar como requisitos de comunhão ou artigos de fé aquelas matérias ensinadas expressamente e ordenadas aos cristãos na Palavra de Deus.

4. Que o Novo Testamento é o manual perfeito para a adoração e o governo da igreja neotestamentária. Assim como o Antigo Testamento foi uma regra de adoração, disciplina e governo da igreja judia daquela época, assim hoje o Novo Testamento chega a ser a regra perfeita para as responsabilidades dos membros da igreja.

5. Que nenhuma autoridade humana tenha o poder de criar leis para a igreja ou alterar as que têm sido dadas no Novo Testamento.

6. Que o que infere ou se deduz das Escrituras nunca deve se tomar como requisito de comunhão ou parte do credo da igreja, ainda que aos que as descubram lhes pareçam muito certas.

7. Que os sistemas de teologia, embora tenham um lugar útil na Igreja, não devem ser impostos como requisitos de comunhão aos cristãos, já que todos não têm plena compreensão dessas matérias.

8. Que a salvação não depende do conhecimento teológico, senão em reconhecer sua necessidade de salvação em Jesus Cristo. Isso, acompanhado de uma confissão de sua fé e obediência a ele.

9. Que os têm cumprido com o anterior deveriam amar a todos os irmãos, filhos na mesma família do Pai, como membros do mesmo corpo. Que nenhum homem se atreva a separar o que Deus tem unido.

10. Que a divisão entre os irmãos é anticristã, anti-escritural e produz confusão e toda obra má.

11. Que as causas das divisões são o esquecer a vontade de Deus e a prática, de parte dos líderes, de uma autoridade arrogante.

12. Que tudo o que é necessário para reformar a Igreja se resume em três delineamentos: retornar ao modelo bíblico de receber membros na igreja; desenvolver um ministério que seja fiel a Palavra de Deus e que as ordenanças divinas sejam restauradas a sua maneira original.

13. Que quando não se encontre na Bíblia uma revelação ou ordem explícita acerca de algum assunto, então que se possa adotar um precedente inferior a título de recurso humano, para evitar a divisão e a contenção na igreja.

Apêndice


Os irmãos não têm que temer a nossa Associação, como se nossos recursos fossem iguais a nossos desejos. Porém, quanto aos outros, a quem consideramos "funcionariozinhos", pastores ociosos, deveriam se contentar com ver ao rebanho do Senhor libertado de suas bocas de acordo com a sua promessa.

O Uso dos Credos:

Quanto aos credos e confissões de fé: ainda que a nossos irmãos lhes pareça que nos opomos a eles, decidimos que dita oposição deve ser entendida somente quando esses credos se oponham à unidade da igreja, ao conter sentimentos que não estão expressamente revelados na Palavra de Deus. Outra forma de no uso desses credos é tomá-los como instrumentos de uma fé humana implícita ou opressão do débeis na herança de Deus. Enquanto os credos estiverem isentos dessas objeções, não teremos nada contra. É ao abuso e não ao uso adequado desses documentos, que nos opomos.

Respeito a Opiniões:

Concluímos que se um irmão se opõe ou recusa algo que não é assunto de fé ou prática, e não se encontre um claro "assim diz o Senhor", não devemos expusá-lo pelo fato de que não vê com nossos olhos os assuntos de dedução humana de juízo pessoal. "E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu?" (1Co 8:11). Por quê não andamos conforme o amor? Portanto, temos decidido não chegar a nenhuma conclusão própria, nem adotar uma conclusão de outra pessoa falível formulando regras de fé que obriguem a nossos irmão... temos sugerido, em outras palavra, o mesmo que sugerirão os apóstolos, quer dizer, que os fortes devem suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a eles mesmos. Devemos receber o fraco na fé, porque Deus também o tem recebido. Em uma palavra, devemos receber uns aos outros para a glória de Deus.

Cristãos Judeus e Cristãos Gentios:

É conhecido que os cristãos hebreus observavam certos dias, mantiveram suas dietas religiosas, celebravam a páscoa, circuncidavam seus filhos e etc.; Coisas que não foram praticadas pelos gentios convertidos. Todavia, se manteve a unidade entretanto, em amor, se suportavam uns aos outros. Porém, se aos judeus lhes tivesse proibido explicitamente ou aos gentios lhes tivesse obrigado, pela autoridade de Jesus, a observar certas coisas, poderiam eles ter exercido a tolerância? Onde não há uma lei não pode haver transgressão formal ou intencional.

Vendo todo o panorama, observamos que uma coisa é evidente: o Senhor suportará a debilidade, a ignorância involuntária e os erros do seu povo, não a presunção. O que o povo de Deus deve fazer é "suportar com paciência uns aos outros em amor, esforçando diligentemente para guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (Ef 4:2-3).

Proeminência das Opiniões:

Muitas das opiniões que dividem as igrejas, se não tivessem lhes prestado maior atenção, há muito tempo que já haviam morrido e desaparecido. Todavia, por ter insistido nelas fazendo-as artigos de fé e requisitos para a salvação, e ter entrado tão dentro das mentes até o ponto de negar a Bíblia ao ponto de não se render com suas opiniões.

Condenando os Irmãos:

Resolver expressamente um assunto em nome do Senhor, quando o Senhor não tem resolvido, nos parece um mal muito grande (veja Dt 18:20).

Um segundo mal é não só julgar o irmão como absolutamente equivocado pelo ato de divergir da nossa opinião, mas também julgá-lo como transgressor da lei e, por conseguinte, tratá-lo como tal censurando-o ou expondo-o ao desprezo ou, por último, enaltecendo a nós mesmos diante dele como dizendo-o "mantenha-se separado, somos mais santos que você".

Um terceiro e ainda mais espantoso mal é que não só julgamos e catalogamos a nosso irmão como nada, mas também procedemos na qualidade de igreja a julgar no nome de Cristo. Não só por concluir que o irmão está no erro, porque não está de acordo com nossas determinações, mas que, além disso se procede a determinar os méritos da causa ao expusá-lo ou lançá-lo fora da igreja como indigno de participar dela. Isso vai ligado à intenção de extirpá-lo do reino dos céus.

Erros pela Ignorância da Escritura:

Que lástima! O que agora forma o vínculo e o fundamento, ou seja, a raiz ou a razão da unidade da igreja, tem sido desde muito tempo uma certa fórmula padrão de fabricação humana, a qual se tem acrescentado um pequeno grau do que se chama moralidade. E quanto à Bíblia são poucos os que a ela se sujeitam. Tem aprendido quase nada e sabem o mínimo. Por conseguinte, quase nem dependem do que ela diz. Ainda mais, eles vão lhe dizer que a Bíblia é inútil se não for acompanhada da explicação deles. São incapazes de diferenciar entre um católico e um protestante por meio dela. Seriam incapazes de se manter unicamente pela Bíblia ou pela igreja durante uma semana. Você pode lhes pregar o que desejar, ao fim não saberão diferenciar a verdade do erro. Pobre gente! Não me admiro de que estejam tão apegados a suas explicações. Por essa razão é que chamam benfeitores àqueles que exercem autoridade sobre eles e lhes dizem o que têm que crer e fazer. Esses são os reverendos nos quais eles podem, e de fato assim o fazem, pôr a sua inteira e implícita confiança inclusive em maior grau que nos santos apóstolos e profetas. Esses últimos eram homens sensíveis, honestos e sem pretensões, que nunca se aventurariam a dizer ou fazer nada em nome do Senhor, se não houvesse uma revelação do céu e nunca se distinguiram com títulos veneráveis como Rabi ou reverendo, mas simplesmente por Paulo, João, Tomé etc. Eles não eram mais que servos. Nunca assumiram nem receberam títulos honoríficos entre os homens, mas só aqueles que descreviam seus ofícios.

A única maneira que essa tremenda corrupção que prevalece na igreja seja expurgada é por meio de uma reforma radical através do retorno a simplicidade original, a pureza primitiva da instituição cristã aplicando o que encontramos nas páginas sagradas. Todo o que conhece cabalmente o estado da igreja percebe que ela está envolvida com males antes dito. Os que lêem a Bíblia e recebem a impressão que ela produz sobre a mente receptiva, percebem que tal estado de coisas é tão distinto do cristianismo genuíno como distinta é a água do óleo.

A Regra da Igreja Está no Novo Testamento:

Reconhecemos que o Antigo Testamento, igual ao Novo, é autoridade e também são uma mesma coisa em cada afirmação de natureza moral, porém não é nossa regra imediata sem a intervenção e coincidência com o Novo Testamento. Nisso o Senhor nos tem ensinado, por meio dos seus santos apóstolos, todas as coisas que deveríamos observar e fazer até a consumação dos séculos.

Opomo-nos à Controvérsia:

Nossos irmãos amados perdoarão amorosamente as imperfeições que temos mostrado nesse documento, se considerarem nosso sincero e bem intencionado esforço. Com a ajuda de seu bom juízo se corrigirão os erros e suprirão as deficiências que nesse primeiro intento tem escapado a nossa atenção.

Lamentamos ter recorrido à controvérsia para responder às objeções que, pensamos, se levantarão por causa dos erros ou prejuízos por conta nossa. Que fique claro que a controvérsia não tem parte no nosso plano. Já se tem levantado objeções e conjecturas em diferentes lugares, por isso consideramos necessário responder. Ao fazê-lo não só queremos prevenir erros, mas também poupar o trabalho de entrar em disputas verbais. Queremos também lhes prevenir da prática mais desgraçada que se ampara no pretexto do zelo pela verdade, nos referimos à controvérsia religiosa entre aqueles que professam a lei.

Parágrafo Final:

A conversão do mundo depende de nossa reforma e do nosso retorno à unidade e amor primitivos. Que o Deus de toda misericórdia nos restaure por amor aos povos e também por amor a nós. Que seus caminhos sejam conhecidos sobre a terra, o mesmo que sua saúde salvadora entre as nações.

Que todos os povos te louvem, oh Deus, que todos os povos te louvem.

Amém e Amém. FIM.
O Partir do Pão
Escrito por Thomas W. Fife
01-Jul-2009

“Os que aceitaram a sua mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2.41-42, NVI).


1. O PONTO CENTRAL DO CULTO

Desde o início de sua existência, a Igreja, ao cultuar o Senhor Jesus Cristo, valorizou todos os meios pelos quais ela pudesse realizar a presença do Senhor vivo. O momento mais querido dentro da vida e comunhão dela era aquele momento quando foi garantida a presença do Salvador vivo. Tal momento a Igreja primitiva realizava na Festa do Pão e do Vinho. De todos os lados, os estudiosos mais respeitados reconhecem esta verdade.

A INTERNATIONAL STANDARD BIBLE ENCYCLOPEDIA (III, 166), padrão de evangélicos conservadores, diz que: "A Ceia do Senhor era o ponto central na vida e culto da Igreja primitiva."
O conceituado estudioso mais liberal, Oscar Cullman (EARLY CHRISTIAN WORSHIP, 29) afirma que: "A Ceia do Senhor é, portanto, a base e o alvo de cada reunião."

2. A ORIGEM DA FESTA DE MEMÓRIA

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados’” (Mateus 26.26-28 NVI).

A Festa do Pão e do Vinho teve sua origem no cenáculo em Jerusalém onde Jesus reuniu-se com seus discípulos para comer a Páscoa.

“No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, quando se costumava sacrificar o cordeiro pascal, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: ‘Aonde queres que vamos e te preparemos a refeição da Páscoa?’ Então ele enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: ‘Entrem na cidade, e um homem carregando um pote de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no e digam ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre pergunta: Onde é o meu salão de hóspedes, no qual poderei comer a Páscoa com meus discípulos?’ Ele lhes mostrará uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós’. Os discípulos se retiraram, entraram na cidade e encontraram tudo como Jesus lhes havia dito. E prepararam a Páscoa. Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze” (Marcos 14.12-17 NVI).

3. A RELAÇÃO ENTRE "O PARTIR DO PÃO" E A PÁSCOA

A Festa do Pão e do Vinho foi, portanto, desde o início, percebido em relação à Festa da Páscoa. Veja a exortação de Paulo: “Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado” (1 Coríntios 5.7 NVI). “Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito”. Acrescenta Pedro (1 Pedro 1.19 NVI).

A Israel fora ordenado comer do cordeiro e dos pães asmos (veja Êxodo 12.1-28; Números 9.1-14) para comemorar sua libertação da escravidão no Egito. Do mesmo modo, foi ordenado à Igreja de Cristo compartilhar na comunhão em que o pão e o vinho comemoram sua libertação da escravidão do pecado e da morte.

4. O SIGNIFICADO DA FESTA

Reunidos à mesa com Jesus, os discípulos ainda não perceberam o significado que ele estava dando àquela Festa. Eles comeram do pão e beberam do cálice, sem saber que aquilo era o início de uma prática que iria embelezar a Igreja por todas as gerações. Como Paulo escreveu poucas décadas depois: “‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso, sempre que o beberem, em memória de mim’” (1 Coríntios 11.23-25 NVI).

5. A PRESENÇA DE CRISTO

Foi somente depois de seu encontro com o Cristo ressurreto e vivo que os discípulos perceberam que "o partir do pão" seria a maneira escolhida não apenas para lembrar de sua morte, por meio do pão e do vinho, mas também para celebrar sua ressurreição, por meio da presença dele. Os dois que encontraram com Cristo no caminho de Emaús testemunharam que: “Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles. Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão” (Lucas 24.30-31, 35 NVI).

A assembléia solene no cenáculo, portanto, aonde Jesus usara os elementos comuns de uma ceia para proclamar sua morte, transformou-se em uma Festa do Pão e do Vinho na qual seus discípulos podiam celebrar sua presença enquanto lembraram de sua morte. Conseqüentemente, à memória de Jesus foi acrescentada uma refeição de confraternização que continuamente renovava a comunhão deles com ele.

Não devemos pensar que participamos do pão e do vinho apenas para lembrar de um Jesus histórico. Se não reconhecermos a presença do Cristo vivo, a servir-nos na mesa dele, e que estamos presentes a convite dele, estamos lá sozinhos, como hóspedes de um anfitrião ausente.

6. O DESEJO DE CRISTO

Na hora da primeira Ceia do Senhor, ele expressou intensamente o desejo de seu coração:

“Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa. E lhes disse: ‘Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer’” (Lucas 22.14-15 NVI).

Portanto, o que nós devemos desejar, e pôr em prática, em contrapartida ao desejo de Cristo de cear conosco?

a. Gratidão

Jesus instituiu esta Festa, "tendo dado graças" (Lucas 22.17; 1 Coríntios 11.24). Nós devemos continuar a dar graças por ele e por tão grande salvação.

b. Confissão

Ao participarmos, confessamos que somos pecadores, e que precisamos do sacrifício do corpo e do sangue apresentados no pão e no vinho para sermos perdoados.

c. Perdão

Sentimos a necessidade de perdão e na mesma hora aceitamos o mesmo oferecido pela graça e misericórdia de Deus no Cristo que padeceu.

d. Compromisso

Ao lembrarmos do sacrifício de Cristo por nós, sentimos a chamada dele a oferecer nossas vidas por ele em serviço fiel até a morte.

"EM MEMÓRIA DE MIM"

“… ‘Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim’. ‘… Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso, sempre que o beberem, em memória de mim’” (1 Coríntios 11.24-25 NVI)

Certamente, há muitas maneiras de lembrar de Jesus, mas a verdade é que há um único meio em que ele pediu para ser lembrado. Ao lembrá-lo, então, por que não fazê-lo da maneira que ele escolheu? Falhar nisso é desobediência, e também priva-nos de uma bênção especial. Priva-nos de uma refeição de confraternização na qual ele promete estar presente tanto como Anfitrião quanto como Alimento. É ele que põe a mesa com pão e vinho, porém na mesma hora ele está graciosamente presente. Ele está presente, não somente para que nos possamos lembrar dele, mas também para que possamos comer e beber juntos com ele.

“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (Apocalipse 3.20 NVI).

7. "ANUNCIAM A MORTE DO SENHOR"

“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, anunciam a morte do Senhor …” (1 Coríntios 11.26 NVI).

Mais que uma ocasião para memória, a Festa do Pão e do Vinho também é um meio pelo qual o povo de Cristo, como um corpo e como muitos indivíduos, faz continuamente uma proclamação. O que se proclama é a convicção inabalável de que o milagre dominante do amor e da graça de Deus se fez por nós em uma cruz. Se não acreditarmos neste Acontecimento vicário (em que Cristo morreu em nosso lugar) não há motivo de nos reunirmos para compartilharmos a celebração desta Festa. Além do mais, sem essa convicção não há motivo para comunhão, pois a única razão da existência desta comunidade é a realidade do Acontecimento salientado pela presença do pão e do vinho. Somente porque cremos que Jesus morreu por nós, é que sentimos obrigados a comprometer-nos neste ato de memória. E este compromisso torna-se nossa proclamação, pois pelo ato de participarmos, como Igreja, na Festa do Pão e do Vinho, anunciamos que vive o mesmo Cristo que morreu por nós.

8. "ATÉ QUE ELE VENHA"

“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, anunciam a morte do Senhor até que ele venha” (1 Coríntios 11.26 NVI).

Tendo recebido suas instruções "do Senhor" (1 Coríntios 11.23), Paulo proclama que a Festa do Pão e do Vinho é para ser observada até que Cristo venha. Conseqüentemente, temos que participar, levando em conta a certeza de sua volta (veja Mateus 24.30; Marcos 13.26; João 14.1-3; Atos 1.9-11; Apocalipse 19.6-9), quando seremos “convidados para o banquete do casamento do Cordeiro” (Apocalipse 19.9 NVI). É nesta mesma esperança que cumprimos no presente o compromisso divino, aguardando a consumação culminante de todas as coisas quando:

“Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é Senhor dos senhores e Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis” (Apocalipse 17.14 NVI).

9. A COMUNHÃO NO SANGUE E NO CORPO DE CRISTO

“Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é uma participação no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo? Como há somente um único pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão” (1 Coríntios 10.16-17 NVI).

Ao ser lembrado e proclamado dentro da vida da Igreja, o Cristo vivo está presente. “Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mateus 18.20 NVI). E ele se fez "reconhecido por eles quando partir do pão" (Lucas 24.35).

Ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus escolhe cuidadosamente suas palavras para salientar a realidade de sua presença, e também a possibilidade--sim, a realidade--de nossa comunhão com ele na mesma Ceia.

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados’” (Mateus 26.26-28 NVI).

É evidente a necessidade de recebermos dentro de nós a vida e a presença da Pessoa com quem compartilhamos essa Refeição Sagrada.

“Jesus lhes disse: ‘Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa’” (João 6.53-57 NVI).

Assim como a comida e a bebida sustêm a vida de nossos corpos físicos, também a presença de Jesus no pão e no vinho da Ceia sustém a vida espiritual de seu corpo, a Igreja.

“Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo” (1 Coríntios 12.27 NVI).

10. O PÃO E O VINHO SÃO MAIS QUE MERAMENTE SÍMBOLOS

Jesus não utiliza a linguagem do simbolismo. O pão e o vinho desta Festa, ele diz, são mesmo o corpo dele e o sangue dele. Não se refere a símbolos. O significado disto parece claro: Jesus quer que seus discípulos saibam que ele está presente, não apenas simbolicamente, mas mesmo na realidade. Portanto, o pão e o vinho não estão na Mesa do Senhor simplesmente para representar o corpo e o sangue dele. Quando recebemos o pão e o vinho, fazemos deles parte de nossa vida física. Da mesma forma, no mesmo ato, recebemos espiritualmente a presença e a vida de nosso Senhor com quem compartilhamos a comunhão da Refeição Sagrada. Para não cair na superstição de transubstanciação, porém, seja esclarecido que a presença de Jesus é espiritual, não física.

“O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida” (João 6.63 NVI).


11. A IGREJA PRIMITIVA NADA SABIA DE TRANSUBSTANCIAÇÃO

A Igreja Católica Romana hoje ensina transubstanciação, mas chegou a sua atual posição doutrinária aos poucos. Agostinho, no século IV, nada sabia dessa teoria. A palavra transubstanciação foi pela primeira vez usada por Hildeberto de Tours (c. 1134 d.C.) em um sermão. Este dogma da Ceia foi definitivamente decretado pelo papa Inocêncio III, no Concílio do Latrão (1215 d.C.). O dogma é que o pão e o vinho, ao serem abençoados pelo clérigo, tornam-se, mediante milagre divino, literalmente no corpo e no sangue do Senhor. Assim, a aparência dos elementos não se modifica, mas sim, a essência deles. A esta interpretação literal das palavras de Jesus contrapõem-se as seguintes objeções:

a. Dois Corpos

Se, quando Jesus disse: "Isto é o meu corpo", ele queria dizer que o pão se transformasse literalmente em seu corpo, então naquele momento ele estava com dois corpos, e um corpo estava a distribuir pedaços do outro corpo aos discípulos! A mesma incoerência pode ser notada quanto ao sangue dele no cálice.

b. Sofrimento Contínuo

Esta interpretação implica no sofrimento sem fim de Cristo, pois, se seu corpo é quebrado e seu sangue é derramado, no sentido literal, toda vez que um sacerdote realiza a missa, ele tem que sofrer continuamente. Pelo contrário, a Escritura diz: “Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas” (Hebreus 10.10 NVI).

c. Corpo Estragado

Esta doutrina implica na possibilidade do corpo literal de Cristo ser consumido por roedores ou insetos, ficar mofado, ser espalhado inconvenientemente, ou outras desgraças.

(Fonte de ponto 12: Loraine Boettner, ROMAN CATHOLICISM, obra citada por Gareth Reese, NEW TESTAMENT HISTORY, 766-767.)

12. QUEM É DIGNO?

“Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se cada um a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram” (1 Coríntios 11.27-30 NVI).

Tomar a Ceia do Senhor indignamente não tem nada a ver com o nível da minha própria moralidade. A minha "dignidade" não é a questão. Os verbos "coma" e "beba" (1 Coríntios 11.28) estão no modo imperativo! Constitui-se uma obrigação bíblica para todos os cristãos. “Examine-se cada um a si mesmo” (1 Coríntios 11.28) significa que um cristão não tem base, porém, para uma atitude individualista quanto a Ceia do Senhor. Examinar a mim mesmo significa tanto examinar o meu relacionamento com meus irmãos em Cristo quanto examinar a minha própria consciência moral perante o Senhor. "Dignamente" refere-se à maneira de tomar a Ceia e não à pessoa de quem toma.


13. "DISCERNINDO O CORPO DO SENHOR"

É somente através da presença do Cristo vivo que a Igreja constitui-se o corpo dele. Somos a Igreja, isto é, o corpo de Cristo, apenas porque possuímos e manifestamos a vida dele. E é no compartilhar do pão e do vinho com ele, e uns com os outros, que nos percebemos ser mesmo o seu Corpo. Portanto, comemos e bebemos "discernindo o corpo" (1 Coríntios 11.29), do qual a presença dele faz-nos membros, isto é, membros juntos com ele, e uns com os outros. Reconhecemos e expressamos assim, de maneira mais profunda e exata, a realidade de pertencermos a ele, e uns aos outros.

Comer e beber de outra maneira, ou seja, sem discernir que pertencemos a Cristo, e uns aos outros, é comer e beber indignamente; é comer e beber “sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação” (1 Coríntios 11.29 NVI). Paulo diz que “Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram” (1 Coríntios 11.30 NVI) É a subnutrição espiritual! A Igreja, como o corpo de Cristo, não tem condições de ser forte e saudável, se os membros individualmente não estão conscientes de sua unidade coletiva: "Somos um no Espírito, somos um no Senhor".

14. A FREQÜÊNCIA DA CEIA DO SENHOR NA IGREJA PRIMITIVA

“Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração” (Atos 2.46 NVI).

“No primeiro dia da semana reunimo-nos para partir o pão, e Paulo falou ao povo. Pretendendo partir no dia seguinte, continuou falando até à meia-noite” (Atos 20.7 NVI).

"Durante os primeiros dois séculos, a prática de comunhão semanal foi universal, e a mesma continuou na Igreja Ortodoxa Grega até o século VII" (Robert Milligan, SCHEME OF REDEMPTION, 440).

Há forte evidência de que a Igreja primitiva reunia-se no primeiro dia da semana, especificamente para celebrar a Ceia do Senhor.


a. A Igreja em Troas (Trôade)

A passagem acima citada de Atos 20.7 afirma que o motivo principal da reunião foi o de "partir o pão".


b. A Igreja em Corinto

“Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga” (1 Coríntios 11.20-21 NVI).

Paulo aqui chama atenção não à prática de reunir-se para tomar a ceia, mas ao procedimento indigno dos coríntios ao fazê-lo.

“No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar” (1 Coríntios 16.2 NVI).

Se recolher a oferta não se tornou demasiadamente comum por ser feito cada primeiro dia da semana, o que se pode dizer da Ceia do Senhor?


c. O Testemunho dos Pais da Igreja Primitiva

Conforme o DIDAQUÊ, XIV (c. 100 d.C.): "Reunidos no dia do Senhor, parti o pão e dai graças, depois de primeiro terdes confessado vossos pecados, a fim de que vosso sacrifício seja puro. Quem tiver divergência com seu companheiro não se deve juntar a vós antes de se reconciliar, para que não seja profanado vosso sacrifício, conforme disse o Senhor..." (Cirilo F. Gomes, ANTOLOGIA DOS SANTOS PADRES, 32).

DA I APOLOGIA, 106, de Justino Mártir (c. 150 d.C.) diz: "No dia que se chama do sol celebra-se uma reunião dos que moram nas cidades ou nos campos e ali se lêem, quanto o tempo permite, as Memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas. Assim que o leitor termina, o presidente faz uma exortação e um convite para imitarmos tais belos exemplos. Erguemo-nos todos, então, e elevamos em conjunto nossas preces, após as quais se oferecem pão, vinho e água, como já dissemos. O presidente, também, na medida de sua capacidade, faz elevar a Deus suas preces e ações de graças, respondendo todo o povo 'amém'. Segue-se a distribuição e participação, que se faz a cada um, dos alimentos consagrados pela ação de graças, e seu envio aos ausentes, por meio dos diáconos" (Cirilo F. Gomes, ANTOLOGIA DOS SANTOS PADRES, 66).


15. A FREQÜÊNCIA DA CEIA DO SENHOR: COMENTÁRIO

Quando nos reunimos como Igreja, nosso alvo é o de lembrar-se de Jesus Cristo e celebrar sua presença conosco. Devemos, então, lembrá-lo como ele pediu para ser lembrado e como ele prometeu fazer-se conhecido, ou seja, "no partir do pão". Argumentar que a freqüência profana a Ceia, tornando-a excessivamente comum, é improcedente. Ninguém usa tal argumento para reduzir a freqüência da leitura bíblica ou das orações; muito pelo contrário. Os primeiros cristãos em Jerusalém "perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" (Atos 2.42). Um marido não reduz suas expressões de amor por sua mulher a uma ou duas vezes por ano, com medo de chateá-la!

Se nós verdadeiramente amamos e desejamos nosso Senhor Jesus Cristo, a lembrança dele repetida na Festa do Pão e do Vinho não vai fazê-la perder seu significado. E não é uma questão de constrangimento, ou seja, participar da Ceia porque sentimos a necessidade, ou deixar de participar porque não a sentimos. Não temos necessidade de olhar a foto de uma pessoa querida para poder lembrá-la; desejamos olhar a foto enquanto lembramo-nos da pessoa.


16. LEMBRANÇA! AÇÃO DE GRAÇAS! IDENTIFICAÇÃO! CONFISSÃO! COMPROMISSO! PROCLAMAÇÃO! COMUNHÃO! ESPERANÇA!

São juntos os motivos para sermos fiéis à celebração da Festa do Pão e do Vinho. O motivo não é o de imitar os apóstolos. Não o fazemos simplesmente porque eles o fizeram. Temos, sim, que celebrar a Ceia do Senhor pelo mesmo motivo que eles a celebraram. Celebrar esta Festa é estar envolvido com o Cristo vivo em todas as áreas do nosso ser. Fisicamente, comemos o pão e bebemos o cálice. Mentalmente, lembramo-nos da Pessoa e do Acontecimento de nossa salvação. Espiritualmente, comungamos com Jesus que está presente tanto como Anfitrião quanto como Alimento. Ele nos envolve em todas as áreas de nossas vidas, assim integrando tudo nele.


17. COMUNHÃO COM CRISTO

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo (carne), vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20 NVI).

“Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Romanos 6.11 NVI).

“Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dos mortos, descendente de Davi, conforme o meu evangelho" (2 Timóteo 2.8 NVI).

Como já se sabe, a Ceia do Senhor não é um memorial. Um memorial está estabelecido para alguém que viveu, morreu, e agora esta sendo lembrado. Não é o caso de Jesus! Ele vive! Ressuscitou! E mais: ele morreu nossa morte, tomou nossos pecados sobre si, e nós venceremos o pecado e a morte porque ele ressuscitou. A Ceia do Senhor é, portanto, uma Festa de Vitória!

Gostaria de agradecer ao professor Robert G. Martin do Johnso Bible College, Knoxville, Tennessee, USA, pela base do material apresentado neste esboço, o que foi generosamente cedido para ser usado em língua Portuguesa. Merece agradecimento também o professor Timothy P. Thomas, Montoursville, Pennsylvania, pela ajuda de inestimável valor na pesquisa das fontes.

Thomas W Fife
E-mail: tom_libbyfife@msn.com

REALIZAÇÃO:
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Jefferson “JEFF” Davis Fife